Hoje (23), mais de 200 organizações – entre elas, o IDDD – denunciaram à ONU e à OEA o governo de Jair Bolsonaro por negligenciar os efeitos da crise de saúde pública nos presídios. As entidades trazem um panorama das violações no cárcere e das condições que contribuem para a proliferação da Covid-19, como superlotação, falta de acesso a produtos de higiene e assistência médica, além da persistência de doenças como a tuberculose. A letalidade do novo coronavírus hoje é cinco vezes maior no sistema carcerário do que fora dele.
As organizações requerem um posicionamento dos organismos internacionais e a publicação de recomendações gerais para superar a crise de saúde dentro dos presídios.
“Cabe ao Estado brasileiro garantir vidas e a ele é proibido decretar generalizada e sistematicamente sentenças de morte cruéis de quase um milhão de pessoas, marcadas pela invisibilidade da dor dos seus familiares e pelo descumprimento de seu direito à verdade e memória”, afirmam no documento.
