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Campanha provoca eleitores a questionarem promessas sobre Justiça e segurança pública

“Direitos humanos para humanos direitos”, “a polícia prende é pouco”, “Brasil é o país impunidade”. Falas como essas têm se tornado bordões no dia a dia da população e revelam o anseio por soluções imediatistas e encolerizadas para os enormes desafios de justiça e segurança pública no Brasil. Com o início do período eleitoral, candidatos e candidatas de todo o País têm incorporado esse discurso em suas plataformas de campanha através de promessas muitas vezes contraproducentes e irrealizáveis.

Diante deste cenário, a RJC (Rede Justiça Criminal) – da qual o IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa) faz parte – lançou no dia 31/7 a campanha Eleições Sem Truque – Votando em uma política de Estado para justiça criminal.

Clique aqui para acessar o site da campanha.

Por meio de um portal interativo, os eleitores podem enviar perguntas para candidatos de todos os estados para os cargos de presidente e governador e demandar explicações concretas sobres suas propostas para a segurança pública e o sistema de Justiça. Assim, o grupo espera questionar o senso comum e engajar os eleitores em uma discussão qualificada sobre a violência e o encarceramento.

Segundo Janaína Homerin, secretaria executiva da RJC, “a proposta da Rede é munir a sociedade de ferramentas para que esses discursos falaciosos possam ser identificados, e assim cobrar dos candidatos e candidatas propostas mais fundamentadas no campo da segurança e justiça”.

De acordo com dados apresentados no início de agosto pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mais de 63 mil pessoas foram mortas de maneira violenta em 2017 – o maior número já registrado desde o início do monitoramento, em 2005. O Brasil também eleva, a cada ano, o número de pessoas encarceradas e hoje já possui a terceira maior população prisional do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e China. Segundo os dados mais recentes do Ministério da Justiça, tínhamos 726 mil pessoas atrás das grades em junho de 2016.

A Rede Justiça Criminal é formada pelas seguintes organizações: CESeC (Centro de Estudos de Segurança e Cidadania), Conectas Direitos Humanos, Gajop (Gabinete de assessoria jurídica às organizações populares), DDH (Instituto de Defensores de Direitos Humanos), IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa), Instituto Sou da Paz, ITTC (Instituto Terra, Trabalho e Cidadania) e Justiça Global.

Assista o vídeo da campanha #EleiçõesSemTruque e participe:

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