Com milhares de espectadores, longa cumpre seu papel social e coloca o sistema de justiça criminal na pauta da sociedade
O documentário Sem Pena, produzido pelo Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) em parceria com a Heco Produções, traz números surpreendentes: pré-estreia lotada, ótimas críticas de especialistas de cinema, 11 semanas em cartaz, mais de 6 mil espectadores em 12 cidades brasileiras e ainda o prêmio de melhor longa-metragem na opinião do júri popular do 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, do qual foi selecionado a participar entre mais de 600 inscritos.
O filme mostra a realidade da Justiça brasileira sob o ponto de vista de pessoas sujeitas a investigações e processos penais, assim como sob o olhar dos principais atores do sistema de justiça criminal. Ao longo de 87 minutos, os entrevistados contam seus dramas humanos e familiares e, a partir de seus relatos, são evidenciadas as inconsistências da triste realidade prisional e processual brasileira.
Marina Dias, conselheira do Instituto e idealizadora do filme, destaca o número de espectadores do documentário e a necessidade de sua difusão em todo o país. Segundo ela, “a bilheteria alcançada revela o potencial desse projeto na sensibilização da sociedade para a necessidade urgente de se democratizar o acesso à justiça e a importância de se respeitar o direito de defesa e a presunção da inocência. Agora pretendemos levar Sem Pena para as cidades em que o filme não entrou em cartaz. Temos ainda uma possibilidade imensa de divulgação que precisa ser explorada”.
Para Hugo Leonardo, diretor associado responsável pelo projeto, ainda há muito para ser feito. “A nossa ideia inicial era transcender os atores do sistema de justiça criminal e, até mesmo, do direito. Com estes dados, verifica-se que essa pretensão inicial foi alcançada. Mas muito ainda está por ser feito. Este é o momento de o filme correr o país, chegar às universidades, aos movimentos sociais etc. Sem dúvida trará oxigênio ao subterrâneo de um certo direito penal e penitenciário”, afirma.
Provas deste movimento de disseminação do documentário são as sessões públicas ou fechadas realizadas em entidades parceiras e órgãos públicos. O Instituto e a produtora já foram convidados a exibir o filme no escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados em outubro, no Ministério da Justiça em novembro e no Conselho Nacional do Ministério Público em dezembro. Neste último foi realizado um debate sobre o tema entre atores do sistema de justiça criminal e representantes do Instituto. É possível assistir à integra do que foi discutido clicando aqui.
Os interessados em exibir o documentário podem entrar em contato com o IDDD pelo email institucional: iddd@iddd.org.br.
